O Ergue-te solidário com a Ucrânia soberana.
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O conflito Rússia-Ocidente tem dominado a agenda mediática, que subitamente se desinteressou da "pandemia mortal", e com este novo tema brindam-nos com as mais disparatadas e infundadas conjecturas. Desde aqueles que ainda vivem na Guerra-Fria e olham para a jogada de Putin como mais um episódio da saga comunista (incapazes de compreender o novo mundo), aos que simplesmente são 100% pro-liberalismo americano, até aos outros desgraçados cujos disparates nem merecem menção de qualquer tipo, todos querem ter uma opinião que, certamente terá por base a de muitos "formadores" de opinião.
O Ergue-te! sempre criticou os ataques comandados pela batuta americana, e acolitados pela fraca Europa, a nações soberanas como, por exemplo, nos casos da Sérvia ou do Iraque, ou ainda as intromissões nas políticas internas de outras nações, como nas "primaveras árabes", por exemplo.
Ainda que reconheçamos a complexidade de toda a geo-política local e de inúmeras questões históricas, fronteiriças e identitárias que têm alimentado a tensão entre aqueles dois países ao longo de anos e divido motivações, uma vez que nos regemos por princípios sólidos e não pactuamos com a mentalidade dos invasores maus (ou outros) e dos bons (os "nossos"), sentimos o dever de condenar a invasão de um país soberano por uma potência hegemónica. Mas, acima de tudo, condenamos a dualidade de critérios dos "aliados" ocidentais, sempre fortes com os fracos e fracos com os fortes. Se a Rússia se sente capaz de uma agressão à soberania ucraniana, percebendo que as "sanções" ocidentais não travam os seus tanques, é porque vê o óbvio: a covardia e fraqueza da NATO e do Ocidente que se deixam dominar economicamente pelos chineses e invadir populacional e culturalmente por alienígenas, nomeadamente islâmicos, enquanto desmantelam paulatinamente os seus valores.
A nossa posição é clara: sendo a Ucrânia um país livre e soberano, aceitar esta invasão é aceitar futuras invasões a outros países, e validar anteriores invasões, venham elas de onde vierem. Assim como condenamos todos os bombardeamentos, invasões e intromissões dos "aliados ocidentais" em diversas nações, sempre com algum "nobre" pretexto, também agora repudiamos a invasão à Ucrânia.